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    Mineração de Bauxita no Brasil: entenda a importância

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    Mineração de Bauxita no Brasil: entenda a importância

    04, out 22 | Blog

    Entenda a importância da Mineração de bauxita no Brasil

    A bauxita é um dos recursos minerais mais abundantes no Brasil, são cerca de 37 milhões de toneladas anuais produzidas deste recurso que é base na criação do alumínio, metal largamente utilizado em toda indústria. Quando falamos bauxita, não nos referimos ao mineral e sim a rocha, pois o alumínio é extraído do óxido de alumínio que é um elemento químico muito presente na bauxita, por isto ela é muito importante.

    O Brasil é um dos países com maiores reservas de bauxita no mundo, ficando atrás apenas de Austrália e China. Consequentemente, o país possui também uma das maiores reservas de alumínio do mundo, com grandes locais para mineração como na região amazônica do Pará, Goiás e Minas Gerais. Com grandes reservas naturais e uma indústria bem especializada, o Brasil consegue manter a competitividade no mercado internacional, oferecendo um alumínio de qualidade a um preço convidativo, porém grande parte dele é consumido pelo mercado interno brasileiro.

    Como a maioria das atividades mineradoras, os impactos aos meio ambiente acontecem, até porque a extração da bauxita precisa da exposição dela, ou seja, a extração do solo. Porém com o desenvolvimento de inovações tecnológicas focadas no baixo impacto ao meio ambiente, estas situações podem ser amenizadas. Inclusive essa necessidade cresce alinhada de acordo com o mercado internacional, que faz cada vez mais exigências, entendendo a importância do tema, inclusive o Brasil pode ter um diferencial nisso.

    Brazil Mining 2023 terá foco no desenvolvimento preocupado com o meio ambiente

    A Brazil Mining 2023 será palco para este tema, o evento terá pelo menos 50 apresentações, participação de até 200 delegados e inúmeras oportunidades de negócios através de rodadas individuais com o seu potencial cliente. O evento também contará com palestrantes que terão em pauta os temas mais quentes de todo setor da indústria da mineração e também focados na preservação do meio ambiente e outras medidas que ajudam a desenvolver o setor da mineração.

    A atividade da mineração de bauxita é peça-chave para fornecimentos de matéria prima para toda indústria, o alumínio é um metal leve e muito resistente. Possui qualidades que o fazem ser utilizado, desde uma simples folha de alumínio para embalar uma carne, fazer panelas e janelas, como para peças complexas da fuselagem de aviões e outros veículos.

    A atividade é muito benéfica para a economia, nutrindo setores cruciais da indústria brasileira, porém como muitas atividades podem trazer danos ao meio ambiente. Porém muitas vezes pode acontecer um equívoco no entendimento de como cada atividade de extrativismo funciona. Por isso vamos explicar brevemente como funciona o ciclo da extração da bauxita e o impacto no ambiente e na sociedade.

    Como funciona o ciclo da mineração de bauxita?

    A bauxita é uma rocha surgida através das intempéries do tempo durante milhões de anos, criando uma pedra com alto teor de alumínio. Esta formação acontece através da infiltração no solo, por isto encontramos a bauxita um pouco abaixo da superfície, acumulando compostos mais leves na superfície e os mais pesados embaixo. Ela é feita principalmente de óxido de alumínio e também de outros compostos como sílica, silicato de alumínio, dióxido de titânio e óxidos de ferro.

    A bauxita apresenta uma coloração um pouco avermelhada e é achada em locais de profundidade de 2m a 8m e isto varia conforme a região que ele é extraído. Para ter bom rendimento financeiro ela precisa ter pelo menos 30% de óxido de alumínio em sua composição, a bauxita brasileira é referência e apresenta uma grande quantidade do Al2O3 (óxido de alumínio).

    Entenda como funciona a lavra e beneficiamento da bauxita

    Quando encontrada a bauxita é extraída por máquinas escavadoras e transportada para locais onde ocorre o beneficiamento. Nesta primeira etapa os rejeitos são separados em outra região e logo reflorestados diminuindo o impacto ao meio ambiente e tentando recuperar o quanto antes a biodiversidade do local. Após os processos de lavra e separação de rejeitos vem a etapa do beneficiamento, que é onde o óxido de alumínio é separado do restante dos materiais que compõem a bauxita.

    Este processo é realizado através primeiramente da britagem, que é responsável por fragmentar as pedras em tamanhos menores para que passem por um processo de lavagem a base de soda cáustica. O óxido de alumínio ou como é chamado comumente alumina é o produto resultante destes processos que fica pronto para ser transformado em alumínio primário ou exportado para outros países, sendo que cerca de 59% do material é destinado ao comércio interno.

    Para cada 1kg de alumina da bauxita, outros 6kg são transformados em rejeitos que novamente são destinados a locais próprios, como barragens para armazenamento e futuro reflorestamento. É nesta parte do processo onde a mineração de bauxita agride mais meio ambiente, pois é preciso criar uma barreira para conter os rejeitos da extração, lembrando que da bauxita só o restante tirando o óxido de alumínio não tem valor econômico.

    Novas alternativas podem trazer soluções para problemas antigos

    Porém com o avanço da tecnologia isso pôde mudar, técnicas como o Tailing Dry Backfill que vem eliminando a necessidade de barragens definitivas e problemas que poderiam se estender por longos anos, entregando os rejeitos já secos de volta ao meio ambiente. O evento em Mariana foi um dos pontos chave que colocou em pauta o quanto a presença das barragens podem ser evitadas.

    Apenas para lembrar, até existem outras formações rochosas de onde é possível extrair o óxido de alumínio. Porém exigem um maior conhecimento tecnológico e não tem um rendimento em relação ao custo tão vantajoso igual a bauxita, que é um das rochas mais abundantes na terra.

    Principais locais de mineração de bauxita no Brasil

    O Brasil é um dos países com maior reserva de bauxita no mundo e concentra as principais atividades de mineração de bauxita nos estados de Goiás, Minas Gerais e principalmente no Pará. Em Goiás por exemplo a mineração de bauxita é destaque na região de Barro Alto possuindo milhões de toneladas do mineral, o estado se tornou alternativa com o tempo para escassez de recursos em Minas Gerais, principalmente em Poços de Caldas.

    O estado mineiro inclusive já foi o maior produtor de bauxita do país, concentrando grandes reservas na região do quadrilátero ferrífero, Poços de Caldas e em altas altitudes como na zona da mata, nas extensões de João Nepomuceno até Miraí. Atualmente o estado de Minas Gerais concentra parte da sua produção em cidades como Poços de Caldas, Cataguases, Miraí e Ouro Preto e segue como grande produtor de ferro do país.

    Pará é destaque internacional na mineração de bauxita

    O estado que é grande referência no Brasil quando o assunto é extração de bauxita é o Pará. O estado é responsável por mais de 90% da produção de bauxita e tem importantes cidades como destaque. Paragominas, Juruti, Oriximiná, Terra Santa e Barcarena são pontos estratégicos na extração da bauxita até a transformação do alumínio em sua forma final.

    Oriximiná, por exemplo, é a cidade mais importante do Pará na extração de bauxita podendo produzir 18 toneladas anualmente. Tudo começou em 1979 com o grande projeto Mineração Rio do Norte, que foi o maior empreendimento estabelecido na Amazônia. A cidade conta com uma ferrovia com 28 km de extensão que leva toda bauxita até Porto Trombetas, que também é administrada pela MRN. Por estar no interior do Brasil, os empregos são ocupados por moradores de comunidades em torno das minas, que também ficam em meio a um território também quilombola.

    MRN, Alcoa e Hydro são grandes nomes da mineração de bauxita e produção de alumínio no país

    A Mineração Rio Norte atualmente é formada por capital nacional e estrangeiro, tendo como acionistas as empresas como principais acionistas a Vale, South32, Rio Tinto Alcan entre outras menores. Já em Paragominas, município ao leste do Pará, são extraídos em média 15 toneladas de bauxita por ano. A cidade ainda conta um um extenso sistema de esteiras que é referência no mundo, o sistema de transporte tem o comprimento de 244km que carrega toda bauxita extraída para a cidade de Barcarena que é onde a empresa Hydro possui uma refinaria para transformá-lo em alumina.

    Além destas duas cidades, outra que desponta na extração de bauxita é Juruti, a Alcoa é responsável pelas operações de extração de bauxita na cidade e tem uma capacidade de produção que passa das 5 toneladas por ano. Para transportar essa bauxita foram construídos 28 km de ferrovias que levam a carga até o Rio Amazonas.

    O desenvolvimento e a sustentabilidade devem andar juntos

    Como podemos ver, toda estrutura que envolve a mineração de bauxita gera muito emprego, desde o estudo para lavragem até o transporte do produto final, esta cadeia é segmentada em vários processos que envolvem toda uma comunidade em volta da atividade. A atividade é importante para a recuperação da economia, já que leva empregos a regiões tão distantes do Brasil e fornece materiais para a construção civil e indústrias dos mais diversos segmentos. Através da busca por novas soluções que conciliam o desenvolvimento da mineração de forma cada vez menos nociva ao meio ambiente, o Brasil pode se destacar ainda mais no cenário internacional e impulsionar o crescimento da economia. Principalmente em um momento tão delicado da economia mundial que vivemos atualmente.

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